Amigo

Amigo

Se você tem esse endereço eletrônico é porque é mais do que bem vindo

Com certeza você me ensinou a escrever

me ensinou a apreciar a boa literatura, a filosoia e a canção

participou de meus primeiros rabiscos

valorizou minha alma vertida em palavras

certamente você esteve presente em momentos importantes

poéticos ou frustrantes, pacificos ou revolucionários

provavelmente já escreveu comigo ou ao meu lado

já leu alguma coisa minha e me pediu mais

ja me incentivou e ja me corrigiu

você já fez sarau, caretas, fofocas e confidencias comigo

e eu já te amei ou ainda te amo

e você sabe que nossa distancia não é nada

e você sabe que odeio computador

e você sabe que nunca publiquei e que não creio que o acesso a internet me faça poeta

você sabe que não tenho um grande valor literário

mas que valorizo a literatura

você sabe que um dia gostei que você me leu

e que quero ler você

você sabe que escrevo por necessidade, porque faz parte de mim

e que me envergonho de ter me distanciado tanto disso

você sabe que não tenho estilo

só paixão

Você sabe que você cabe em cada uma das palavras anteriores

Prazer em recebê-lo.

segunda-feira, 30 de março de 2015


Vazia
Eternamente abandonada por aquilo que me cativou
Que cativou em cativeiro ornamentado por tanto tempo sob jubilosos jazidos de concreto e de cimento
Assonâncias e aliterações serpenteiam na mente entristecida de gozo seco
Gozo quando seca cheira agua sanitária de puteiro com suor dejetos sangue saliva sentimentos escoando pelo meio fio
Meio onde morre a estrela a luz que cintilava em devaneio que acreditava esperançava
Que bailava entre sonhos de educar atuar sob palco da alma sedenta de quem não tem nenhuma luz sob o alqueire
Temperos gozosos improdutivos do não pensar esquecer de palavras sem sentido
Esqueci me hoje o nome do tempero com o qual infecto a salada verde
Bipolaridade ansiedade de dramaturgia não premiada infantoabsurdo do ridículo lírico cotidiano de todo o dia
Cala me este devaneio bufônico dramático sarcástico enfadonho sem qualidade literária medíocre porco irritantemente artaudiano
Crueldade no teatro para tirar a cruel idade da existência mimica da vida fantoche sem barbantes que anseia
Ridiculamente o manipulador Criador ou Eros ou Tânatos ou ambos

Cala-te
As palavras descativas vomitadas sem sentido esperneiam
Gospe num ranço imundo todas as frustrações
Anti-estéticas

Cala-te
Dorme em pesadelo
Ri sem comédia, declama sem drama nem tragédia
Por fim

Cala-te
Teu barulho é ensurdecedor no quarto

Vazio

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